A Rosa da Madragoa Enche a canastra na praça Vem para a rua e apregoa E acorda meia Lisboa Que sorri quando ela passa Sobe escadas divertida Numa alegria que alastra Baila-lhe a saia garrida Não lhe pesa a cruz da vida Pesa-lhe mais a canastra Tem um rapaz de quem gosta M Mas que não lhe dá cuidado Pois se ouve alguma proposta Atira cada resposta Que o deixa de cara ao lado Há noite, ali pela Esperança Ela que veio d'Estarreja Baila, canta, pula, e dança O seu vira que não cansa Por mais virado que seja Se pela sombra das esquinas A sua voz apregoa Sabem as outras varinas Quando passam pelas Trinas Que é a Rosa da Madragoa