Era uma noite sombria O vento uivava lá fora Pelo meu rumo, eu seguia Voltando pra casa, indo embora Apertou uma tempestade Os raios caíam toda hora Tão longe estava a cidade Meu Deus do Céu, e agora? Foi quando eu vi um abrigo Uma humilde morada Quem sabe socorro amigo Pra passar a madrugada A casa era toda um farrapo Mas alguém sentia apego Na entrada se via um sapo E no teto, um morcego No campo, ervas estranhas Abóboras, lá na lavoura Por todos os lados, aranhas Avistei uma vassoura As paredes tavam caindo A janela era bem torta Um brilho preto saindo Do número treze da porta Bati pedindo ajuda A porta se abriu, sozinha Veio um cheiro de arruda Do caldeirão da cozinha A chuva continuava forte Então, eu entrei, devagar Desafiando a sorte Examinei o lugar No lar, uma escuridão As velas só clareavam perto No lado do cadeirão Havia um livro, aberto Por lá haviam muitos potes Um deles pêlo continha E sobre um velho caixote Repousava uma varinha Foi quando eu ouvi um barulho Um som estridente e agudo Meu estômago deu um embrulho Ao ver um chapeu bem pontudo Quem o usava era um ser Eu já pensava em mais nada Quando ameacei correr Ele deu uma gargalhada Ele é o Mago da Noite Um bruxo de vestes e capa Horrendo, sombrio, um terror Um choque, um baque, um tapa! É ele o Mago da Noite Um bruxo de vestes e capa Posudo, impondo horror Tocava assim sua harpa Ele é o Mago da Noite Um bruxo de vestes e capa Horrendo, sombrio, um terror Um choque, um baque, um tapa! É ele o Mago da Noite Um bruxo de vestes e capa Posudo, impondo horror Tocava assim sua harpa Ele é o Mago da Noite Um bruxo de vestes e capa Horrendo, sombrio, um terror Um choque, um baque, um tapa! É ele o Mago da Noite Um bruxo de vestes e capa Parecia assustador Mas no fim virou o meu chapa!