António Pelarigo

À Beira Tejo

António Pelarigo


À beira Tejo, uma gaivota abandonada
Traz o desejo de encontrar sua morada
Fresca maresia, verde prata, maré alta
Onde a luzia, inspiração amor exalta

Redes ao mar, esperança no ar
Buscamos sorte
Na proa erguido, um Cristo amigo
Afasta a morte
Sei que este mar
Pode acalmar ou estar bravio
Posto o afago
Um quente trago aquece o frio
Dá que pensar viver do mar
É dura lida
Vida que o peixe deixa na rede
P'ra nossa vida

À beira Tejo ergue-se a noite de mansinho
Roubado o beijo, dá-lhe o sol breve carinho
No seu poente, há a promessa doutro beijo
E a gente sente como o ciúme agita o Tejo

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