Conduzindo a minha voz Nesta cadência pulsante, Pra quem escuta meu canto, Aqui, em casa ou distante, Chamo pra me acompanhar Os músicos, nesse instante. Viva os percussionistas, Pandeiristas e batuqueiro, Bombo, tarol e ganzá Vão tocar neste terreiro, Eu não sei se eles ou o som Qual dos dois nasceu primeiro. Os homens que tocam cordas Esticadas, leves, finas, Que harmonizam meu canto, Voz que não desafina, Com dedos debulham notas Do bordão à corda prima. Viva as flautas e flautistas, Os sopristas, os pifeiros, Quem tira som de canudos, De metais e bambuzeiros, Quem é pai e mãe do vento, De pã, o deus dos gaiteiros. Viva o homem do fole, Nosso mestre sanfoneiro, Animador de festejos Por esse brasil inteiro. Em palcos, bares, metrôs, Forrós, sambadas e terreiros. Dando início à jornada De toques, loas e canções, Celebrando a alegria Com o fervor das orações, Licença peço para entrar Em vossos bons corações.