Caí do céu por descuido, se tenho pai, não sei não. Venho de longe, seu moço, lugar chamado sertão. Vivo sozinho no mundo, zombei da sede, zombei. Cortei com a minha peixeira todo o mal que encontrei. Fui caminhando, enfrentando as terras que o sol secou, até chegar à cidade dos homens que Deus olhou. Que o santo padre perdoe a triste comparação: melhor viver no cangaço que na tal civilização. Brinquei com o mal, brinquei, sorri quando matei. Eu vim pra ser melhor, cheguei aqui, chorei.