Contaram-me ainda á pouco Que á noite pela mouraria Andava o fadista louco Sem saber o que dizia Andava o fadista louco Sem saber o que dizia Falava na amendoeira Na guia no capelão Falava na amendoeira Na guia no capelão Na rosária camiseira E na tasca do gingão Na rosária camiseira E na tasca do gingão Metido numa samarra Melenas em desalinho Cantava o fado velhinho Dedilhando uma guitarra Cantava o fado velhinho Dedilhando uma guitarra Cantava o fado velhinho Dedilhando uma guitarra Louco gritou pela severa E quando a manha surgiu Louco gritou pela severa E quando a manha surgiu Quando alguém quis ver quem era Nunca mais ninguém o viu Quando alguém quis ver quem era Nunca mais ninguém o viu Então fiquei meditando Que um louco que ninguém o via Então fiquei meditando Que um louco que ninguém o via Era a saúdade chorando A morte da mouraria Era a saúdade chorando A morte da mouraria