Então, é isso, a vida revelada enfim após tantos espasmos e convulsões. WW Eu, abjeto, confesso: o conhecimento não pressupõe a superação de problemas. Eu, incestuoso nivelo: construir é destruir é mudar, tanto faz. Eu, narcisista, como Whitman concebo o homem em estado puro. Eu, anarquista como o Barbudo democrata panteísta que só via o Todo e ainda assim desprezando regras morais. Eu, imoral diante da Morte celebrando a vida - aquela vida que se reproduz e perpetua-se e rejuvenesce em outros corpos feitos de pólen ou de esperma no ciclo infinito do universo. Conhecimento da vida da rua, do padecimento - corpos possuídos, devorados para a ressurreição ou sucessão. Formas que nascem e fenecem que renascem que não partam antes que nelas deposite o quanto trago acumulado. Sêmen/te o caminho do Oriente o olho da serpente. O sexo contém tudo, corpos, almas... Sentidos, provas, pureza, leveza... Eu, pedaço de Tudo sofro a amputação e protesto: quero minha parte impura confesso minha covardia proclamo minhas limitações!!! E teço o canto do mal e comemoro essa parte de mim Oh varar noites, vendavais, fome e desejo recusas e atropelos, feito árvores e animais. É inscrever um poema no coração da América e na consciência do mundo um poema-sujo (que é o mais limpo de todos como Gullar já demonstrou) o anti-poema de Nicanor Parra um hieróglifo, um código secreto para os iniciados e promover a leitura do Ser em nossas entranhas e entrelinhas. Perverter os sentidos em busca dos sentidos. Velho amoral! Bruxo ianque!