Não podia ser tão triste A canção que agora insiste Em fazer chorar meu violão. Essa canção conheceu, Estradas viu, Gente maltrada andou De madraguda vendo céu e chão. E viveu tão de repente, Caminhou tão vagamente Pelas ruas de ninguém, Onde passaram Noutros carnavais Os blocos Que eu nem lembro mais, Só sei, quero o povo a cantar Os lindos versos de sambar. Era o morro inteiro, então Que descia pra viver. Lá do alto o barracão Via um samba se nascer. Lálálálá... Hoje entrego a fantasia Com tristeza e sem poesia, Deixo as ruas do meu carnaval. Não quero ver Esse canto meu cantar O que entristeceu o samba que nasceu, Não vai ficar com a canção Que viu ficar o chão Matou o violão A dor de madrugada. Viu gente maltrada, Viu ficar o chão, Matou um violão A dor de madrugada. Viu gente maltratada, Viu ficar o chão, Matou um violão A dor de madrugada. Viu gente maltrada, Viu ficar o chão, Matou o violão...