Começas num copo Talvez de cerveja Sentado à mesa Entrando na conversa Mulheres que chegam Por entre gargalhadas Um brilho nos olhos E um vazio na alma Noites lisboetas De histórias acesas Os bares estão cheios Segurando as presas Quartos alugados Ilhas de pouca luz Dão-me noites sentinelas E vómitos de verde cruz Noites lisboetas De porta em porta Noites lisboetas Fantasmas à solta À solta com rédeas Há um ser empoleirado Nas pernas de um juiz Tentando escapar Às misérias de um país Amores num carro Num parque deserto Tapando a boca Dois gritos em seco Noites lisboetas De porta em porta Noites lisboetas Fantasmas à solta À solta com rédeas O sorriso é cínico Nas rugas duas setas Entre o whiskey e o degelo Rio azul em folha branca E o mundo refaz-se E o álcool já sobe Trocam-se beijos Nessa mesa de homens Noites lisboetas De porta em porta Noites lisboetas Fantasmas à solta À solta com rédeas Noites lisboetas De porta em porta Noites lisboetas Fantasmas à solta À solta com rédeas Lisboa (x4)