Que vive, distante de um alguém que ama Sem manter contato, reclama e se altera O ser, que tem pressa não permite atraso Um minuto é muito para quem espera Os dias mais longos, os meses mais lentos Um ano parece uma eternidade A hora não passa o tempo recua O martilho aumenta e a dor continua Consumindo aos poucos quem sente saudade Saudade de alguém Quem é que não sente? A distância empata Ausência maltrata Saudade não mata Mas machuca a gente Este sentimento que nos pressiona Assume o controle age sem demora Domina as pessoas, dribla os corações Bagunça por dentro, e desgasta por fora Suas condições o amor acata Se rende se humilha se cala e consente Contra a sua força não há quem revide Poder que comanda ordena e decide Firme dia e noite na vida da gente Saudade de alguém Quem é que não sente? A distância empata Ausência maltrata Saudade não mata Mas machuca a gente Quem guarda lembranças de amores antigos É sempre mais uma vítima da saudade Sombra do passado que assusta o presente Prever um futuro de ansiedade Chega sem convite não pede licença Mesmo sem ser dona se apossa do peito Explora, deprime, sufoca e tortura Doutor não resolve, remédio não cura Beber não adianta e chorar não dá jeito Saudade de alguém Quem é que não sente? A distância empata Ausência maltrata Saudade não mata Mas machuca a gente Saudade de alguém Quem é que não sente? A distância empata Ausência maltrata Saudade não mata Mas machuca a gente