Foi numa noite chuvosa Que, abandonada, nervosa Em minha porta bateste Com pena, te agasalhei Depois, com pena, aceitei O amor que me ofereceste Seguindo as mesmas estradas Pisaste as minhas pegadas E, assim, seguimos contentes Agora somos forçados A palmilhar separados Estradas tão diferentes Da vida seguindo a rota Vou de derrota em derrota Levando a cruz tão pesada Que é minha alma revolta Que rola qual pedra solta No infinito abismo do nada E quando lembro teu gesto Meu corpo treme em protesto Nas veias meu sangue ferve Bem que um amigo me disse Não faças essa tolice Que essa mulher não te serve