Minha cordeonita é um rio Mi pueblo é alma de mar Sou a água marejada Que faz meu verso cantar São torcazas na garganta E esperança en el tapé Onde ruínas se ergueram Ante o tempo imaguaré Sou pranto avá guarany Sob a Lua missioneira Quando o uivo de um guará Chora em voz chamamecera Y la m’baracá dos ventos É som de taba guaranyeté Levando pra o mundo novo O mais remoto chamamé Por isso que quando canto Choro as vozes do Uruguai Imitando o timbre antigo Dos ecos de um sapucay Vendo cestos margeando nas estradas Pra quem não quer me escutar Mas meu ancestral me embruja Com a voz que não vai calar É o chamamé no rio que vou E vai também para algum mar Acende a esperança índia Que faz meu mundo cantar Por isso que quando canto Los pomberos musiqueros Y el Yaci-yateré Cantan en mi voz guarani Mi pueblero Guayaqui Con embrujos de chamamé Por isso que quando canto