Antonio Climério

A Morte De Maria Da Penha

Antonio Climério


Esta triste história que irei contar
Servirá de exemplo para muitos pais
Que não querem nada com o meu Jesus
Preferem as trevas mil vezes que a luz
E os filhos seguirem não deixam jamais

Maria da Penha uma adolescente
Foi a uma igreja e a Cristo aceitou
Embora tão jovem foi mui dedicada
Seguiu alguns passos na santa jornada
Mais seu pai incrédulo disto não gostou

Forçou a menina deixar a igreja
Por obediência da igreja saiu
Porem sua fé ela cultivou
Vaidades do mundo nunca mais usou
As paixões carnais nunca mais aderiu

Passou algum tempo fora da igreja
Porém seu desejo era servir a Deus
Seu pai não deixava ela congregar
Mas Deus lá do alto estava a contemplar
Resolver mudar o pensamento seu

Quando preparava pra comemorar
Os seus quinze anos foi a Salvador
Assistir batismo lá na capital
Com alguns amigos tudo foi normal
Porém no regresso o carro capotou

Ela que partiu tão cheia de vida
Dando adeus ao pai lhe beijando a mão
E o carro de luxo que a conduziu
Não votou do jeito que ele partiu
E a pobre menina voltou num caixão

A cidade inteira sentiu abalada
Quando aquele corpo sem vida chegou
Comércios escolas fecharam as portas
Maria da Penha já estava morta
Teixeira De Freitas toda se calou

Depois de algum tempo seu pai refletiu
O quanto ele errou em não consentir
Que a filha servisse a Deus neste mundo
Sentiu em seu peito um pesar profundo
Desejou também do mundo partir

Deus assim o fez tirando-a do mundo
Para que a sua alma não fosse manchada
E o pai pesaroso se arrependeu
A filha querida ele a perdeu
Porém sua alma por Deus foi achada

Hoje só nos resta à recordação
Maria da Penha não existe mais
Na foto se vê seu corpo pequeno
Porém no seu rosto meigo e sereno
Parece brilhar raios celestiais