E eu me pergunto: Será? Os velhos dias de cais, cheiro de vinho barato Briga por subemprego e outros jovens sem grana Os novos dias são caos, descendo o bairro de Fátima Barca ao Rio de Janeiro e um choro preso a semanas Carnavais, fevereiros, bebendo sem grana Os novos dias são caros, duros como nossos pais Feitos de carne e osso e coisas que são imortais Que enquanto eu não morrer ninguém vai me provar o contrário Somos deuses maias, sinais em desastres naturais Meu nascimento é o marco zero de outro calendário DeLorean, visões do futuro, atemporais Clássico igual tarde em Itapuã ou Hova anos 90 Arte temporã, aliviando a têmpora Até que a Kimiko Kasai me jogue num divã Luzes, ecrãs, bissetriz. É a erva e a maça Ser feliz ou amanhã pelo menos rico Luzes, manhãs, diretriz, Beatriz, talismã Ervas, Lexotan, mais infeliz não fico É real, as coisas as vezes andam em círculo E talvez por isso que essas coisas a gente não canta Entre o ideal e a realidade algo não fecha a conta (No trânsito em horário de pico) E eu me pergunto: Será? Que o mar nos olha de volta e as sereias cantam Em desprezo a cada ser que se afoga em sua beleza em desespero? E a sensação é de revolta Eu sinto as duas ressacas Será? Que o mar nos olha de volta e as sereias em cantam Em desprezo a casa ser que se afoga em sua beleza em desespero? E a sensação é de revolta Eu sinto as duas ressacas