Não sou seu sonho, não tente me recordar Minha existência além da essência ultrapassa o ser-estar Sempre incógnito em meio a multidão conglomerada Sempre solícito no ensejo de uma piada Tipo os moleques do street, sem ataque coalhado Só move no skill deixando o prego envergado Com tempo de sobra pra debate intelectuário Fingindo estar sóbrio embora esteja meio inebriado Um tanto quanto exagerado igual a um ator virtuoso Aplicado na tragédia com sua máscara no rosto E se me assumo mascarado e não te deixo contente Examine o lado da sombra do seu inconsciente Deixe-me partir a cabeça de encontro as vossas esquinas E ser levantado da rua cheio de sangue sem ninguém, sem ninguém Sem ninguém saber quem eu sou Um salve pra rapa que segue na atividade Se esgueirando nas fendas das margens da sociedade Sendo mal visto pelas madames do cenho franzido Sendo ilícito só pelo prazer de estar vivo Ao contrário dos humanos supramateriais Na constante desculpa de serem ocupados demais Sem nunca achar um instante em seu intenso labor Pra observar o orvalho em uma pétala de flor Mas o mundo gira e sobre as estrelas hei de dançar O mundo gira, e as luzes da vida hão de apagar Ainda que há tempo na terra avanço minha meta Com minha máscara alheio a certas merdas supérfluas Desculpa aos amigos, minha saída é francesa Só de pensar em despedida minha cabeça lateja Embora anseie o reencontro pra aquela cerveja Por hora fiquem na paz e que jah jah nos proteja