Aaah, milonga covarde No peito que arde na falta de amor Eu bem sei que saudade me invade E bem sabe cantar essa dor De que vale a certeza De que não vale a pena chorar por paixão Se o sonho retorna Uma lágrima solta um pontear sem razão Descobrindo que a vida é bandida Escondida em dois olhos de flor E os pesares não ditos Não serão motivos pra este cantador Aaaah, milonga traiçoeira Te encontro na beira desta solidão Esquecendo de tudo Estraveando os rumos do meu coração Descobrindo que a vida é bandida Escondida em dois olhos de flor Eu bem sei que saudade me invade E bem sabe cantar essa dor Descobrindo que a vida é bandida Escondida em dois olhos de flor Eu bem sei que saudade me invade E bem sabe cantar essa dor Aaaah, milonga tranqueria Tua voz guitarreira me arrasta no chão Vem sangrando meu peito Arrancando minha alma Pateando o coração De que vale a verdade Se a felicidade mentiu para nós E se o gosto emudece É porque a voz padece Voltando a ser só No martírio que alarga essa vida Em milonga sem eira nem fim E num tom de recuerdos Te guardo em segredos pra saber de mim