Quando canta o sabiá lá no galho do ipê Logo o coração dispara e eu nem sei dizer porque Deve ser que o canto dele faz lembrar meu bem-querer A saudade quando chega, tira tudo do lugar Todo mundo tem saudade, tem alguém pra relembrar Ela sempre me aparece quando canta o sabiá Então recosto na varanda do ranchinho Abraço meu violão e canto uma canção Que eu fiz pra não chorar Na solidão que habita a costa desse ribeirão Que dobra até caboclo marruá E quem não para pra escutar o passarinho Faz passagem pela vida sem saber o que é sonhar