Abandonados a própria sorte Ligeiros na vida prosseguem Desconfiados, dementes Nunca apoiam na mão que estendem Abandonados a própria sorte Ligeiros na vida prosseguem Desconfiados, dementes Nunca apoiam na mão que estendem Porque me descobriu No meu abandono Se é só pra falar Me deixa no meu sono Me deixa dormir Me deixa sonhar Assim posso sorrir Antes de Acordar Porque desceu Até meu porão sombrio Quando estava tão bem Morrendo de frio Com que direito Quer me ensinar a vida Quando sou impedido De avançar a saída Um olhar vago Um sorriso calado E uma sensação De ter sido abandonado Guerra íntima E perdida Um tristeza profunda E uma lágrima caída Como se sentir Como reagir Difícil esquecer Difícil fingir Teorias, livros e leis Pra mim nada adiantou Só queria perto de mim Quem um dia se afastou Abandonados a própria sorte Ligeiros na vida prosseguem Desconfiados, dementes Nunca apoiam na mão que estendem Abandonados a própria sorte Ligeiros na vida prosseguem Desconfiados, dementes Nunca apoiam na mão que estendem Chego a me sentir Do tamanho do nada É um grito sem voz É um caminho sem chegada Um pedido de socorro E não ser respondido Choro sem lágrima e remorso Sem tá arrependido Não precisa de estudo Nem conhecimento Pra saber que a falta de amor Traz o sofrimento E o meu abandono Ser tratado com desprezo Com hostilidade Sou visto como um peso Problema afetivo Ou problema mental Com motivo Faço parte de um percentual Sou um comparativo Descaso social Quem sabe na eleição Apareço em um comercial Sem princípio E sem fim Já não há o que falar E o que ouvir de mim Antes de me mudar Entenda porque sou assim Com uma única flor Tentando fazer um jardim Abandonados a própria sorte Ligeiros na vida prosseguem Desconfiados, dementes Nunca apoiam na mão que estendem Abandonados a própria sorte Ligeiros na vida prosseguem Desconfiados, dementes Nunca apoiam na mão que estendem