Um punhal pelas costas Quem é gosta? Quem consegue entender? Um metal pontiagudo Brilhante e mudo Perfurando o seu ser Não vou seguir Com nenhum corte profundo Vou dar a volta no mundo Para espairecer Não vou guardar (não vou guardar) Mágoa e nem rancor Não vou criar um tumor Pois preciso viver Vou sair por aí a cantar A sorrir, transmitir, transmutar Libertando o meu corpo E lavando a minha alma Nas águas do mar Com amor e na delicadeza Embalada na mãe natureza Esbanjando alegria Com o coração calmo E cabeça tranquila