Às vezes atropelo o mundo com os dedos Outras vezes eu congelo a ponta dos pés Às vezes eu controlo a força com o medo Outras vezes sou esbarrada na porta do céu Às vezes eu escuto a mentira com os olhos Outras vezes eu respiro toda a lucidez Ás vezes vou a guerra com uma arma branca Outras vezes pinto toda a palidez A multidão que se encontra no meu coração É apenas uma multiplicação da solidão Ás vezes rezo para alguém me descobrir Outras vezes juro que ninguém me tira daqui Ás vezes lembro de um passado perto Outras vezes eu imploro um futuro incerto Às vezes eu procuro um lugar pra esquecer Mas só encontro um menino que chora Ás vezes sinto o amor chegando E sempre vejo esse mesmo amor indo embora