Um machado pendurado no pescoço Mostra a caverna encravada no teu rosto E o teu passado que contorna o teu bordado É um suplício de respostas num deserto inundado Na bengala da tua pele camuflada Escoro a fraqueza esfumaçada Faço um velório todo dia pra renascer Mas a colheita bendita nunca está pra acontecer Meu sentimento é tão calado Eu não preciso te mostrar Meu sentimento é tão calado Eu não quero te mostrar Eu finjo para não seguir Eu fujo pra não permitir Que o medo tome conta do que ainda nem conheci Uma mancha embutida na vergonha Não me suja quando eu devo seguir Mas tuas luvas encurvadas no prelúdio Tentam sempre de algum jeito estranho me atingir Não preciso tocar no que desejo Só quero um moinho pra mover Não quero atenção, não quero compaixão Quero apenas um olhar de gratidão