Não quero mais olhar você Prefiro ter você por mim Eu tenho a espada em mãos E um sonho triste na solidão Desci ao fundo abismo Subi próximo ao céu Retornei à clara brisa Disfarçada com o encanto e com o véu Eu sou o vazio acúmulo Eu sou o extenso atributo Os anjos disseram amém Mas o teu sorriso ficou além Eu sou o claro escuro Eu sou o negro absurdo A justiça pediu abrigo E o medo perdeu um filho Não quero mais gritar você Prefiro ver você por si É fácil se sentir completo Difícil é realmente ser assim Perdão pelo fracasso Lamento o nosso passado Quero sinal do teu segredo E ver o teu horizonte logo cedo Cometi velhos gastos Inverti certos rastros Contrariando a viva morte Desafiando a falsa sorte Ofereço a essência evidente Mas cortei a corda resistente E o sol está partindo E com ele minha eterna dor Não quero mais lutar você Prefiro esperar pra te chamar No teu encanto nada é fantasia No teu canto tudo é poesia Quero encaixar tuas curtas curvas Em minhas linhas longas retas Tua tristeza é a minha arte E o teu desvio de mim já faz parte E enquanto isso temo a fome Fujo de casa, abro as asas Com a impaciência de te amar Com a imprudência de não saber mais caminhar Quero te forte como chuva e suave como as serenas águas Mas agora preciso ir Eu só quis de novo te sentir...