Nem marca de cascos, nem rastro de tropas Na beira do passo de águas serenas Só a cruz entalhada em cerne de anjico Guardando o proscrito que o tempo condena Parece um retrato prendendo as retinas Que traz na moldura o espelho do rio E junta inquietude do meu desengano Quem foi o paysano a final que partiu Talvez um andante saudoso da amada Que errando a cruzada perdeu-se do vau Quem sabe um tropeiro fazendo o fiador De algum redomão que esqueceu do bocal Sem nome cravado nem velas ou flores Um marco esquecido entre a água e campo Benzido de ausência de vento e mais nada Lembrança plantada no altar do barranco Nem marca de cascos, nem rastro de tropas No passo a certeza da vida finita e a cruz entalhada Revela o silencio e o rio cobra o preço de quem facilita Parece um retrato prendendo as retinas Que traz na moldura o espelho do rio E junta inquietude do meu desengano Quem foi o paysano a final que partiu Talvez um andante saudoso da amada Que errando a cruzada perdeu-se do vau Quem sabe um tropeiro fazendo o fiador De algum redomão que esqueceu do bocal Sem nome cravado nem velas ou flores Um marco esquecido entre a água e campo Benzido de ausência de vento e mais nada Lembrança plantada no altar do barranco