Numa noite de Junho Lá pras bandas da Serra do Araçá Praça mais que bonita Todo o povo se agita No arraiá Tem comida de sobra Tem bebida da boa, tem fuá! Tem cheiro de alegria, canto, mote, magia Essas coisa só de sertão Olegário, bonito Parecia um cabrito No matagá Olhava tudo em volta Na caça dos óio verde de Mariah Dessa noite noite não passa! (Num sorriso de graça e de esperar) Hoje eu falo bonito! Me abençoe Padim Ciço! Dessa vez ela vai gostar! Vem Mariah, Vem Mariah, Vem Mariah Alguém chega dizendo O que é que tu tás fazendo sem dançar? Tô à espera dos óio verde Mais bonito desse lugar Hômi, não tás sabendo? Ela mais Diozeno deram de arribar! Ontem nem foram à feira Quem contou foi Tereza Na barraca do Juvená Vai Mariah, Vai Mariah Na carreira Olegário Debandou para a serra sem chorar Foi sumindo num grito Desses que só se ouve endoidar Nesse instante um relâmpo Um pipôco no campo Fez a festa toda parar E na noite bonita caiu chuva de se estranhar Noutro dia, cedinho Pra medo, pra espanto do lugar Na encosta da Serra nasceram Duas quedas d’água Lindas, de se abestalhar Dizem ser os dois olhos de Olegário Chorando falta sem se acabar Desde então, ouçam bem Não pergunte a ninguém Onde fica a Serra do Araçá Todo mundo só sabe Canta fala e conhece A Serra de Olegário e Mariah