A chuva cai quando tem que cair Sem licença, mesmo que ninguém peça Vaga-lumes vão bailando por aí E, de repente, toda festa começa Chove! E depois amanhece Brilha o Sol e o chão reverdece Tão simples os pequenos milagres O batuque da goteira, passarinho de passagem Cai a tarde, um farol a luzir Dentro do peito, nos refolhos da alma Deixa no ar um aroma a sumir Só percebe quem contempla com calma Qual um rio De águas correntes Não tem sentido a gente olhar pra trás O que passou, passou O que restou, restou Não volta mais