Me desfaço, me impeço, me sinto Às vezes incompleto, vazio, disperso A dor em mim confessa, maltrata e expressa Tudo o que passei É muito louco como a gente só tropeça, tipo sessão da tarde Onde o filme até começa bem, mas vira tragédia e o medo te leva A um passado feliz Comemos sem parar, sem nem imaginar Qual tipo de vinho que devia harmonizar Ela tinha cara de rosé, ele é como um velho cabernet E eu nem gosto disso, porque continuar? Quero segui sabendo, tudo que recomendam Esqueça o que foi, foque em você, engula seu veneno Devagar, para não se afogar Transforme esse horror em algum sabor como Walter White Arrume a carcaça e corra da dor feito um Maserati Meu senhor, já aceitei aquilo que sou Apenas uma tragédia ambulante de amor Não sou um grego do século V, poli amor nunca foi comigo Mas confesso ao olhar de Afrodite, o calor não tem limite E transita na multidão, monogâmica desilusão Joga pra cá, entra na fila, apague a luz Vivemos perdidos em múltiplas telas Várias carnes a pronta entrega, que amplo açougue de paixões Infinitas ilusões, eu quero mais você também então só diga Quero segui sabendo, tudo que recomendam Esqueça o que foi, foque em você, engula seu veneno Devagar, para não se afogar Rabisque o horror em um céu de estrelas com Vincent Van Gogh Exploda em cor, espalhe fulgor como uma supernova Meu senhor, já aceitei aquilo que sou Apenas uma tragédia ambulante de amor Se Einstein falou, quem sou eu pra duvidar Deus não joga dados só pra se organizar Talvez uma falha, a dose errada do elemento X Que explodiu e a ingenuidade consumiu Quero segui sabendo tudo que recomendam Esqueça o que foi, foque em você, engula seu veneno Devagar, para não se afogar Transforme esse horror em algum sabor como Walter White Arrume a carcaça e corra da dor feito um Maserati Meu senhor, já aceitei aquilo que sou Apenas uma tragédia ambulante de amor