Escorre de mim choro bandolim, flauta, violão Nas cordas de um coração que é só teu E também essas cordas vocais sufocam minha voz São graves os meus ais, sofrendo agudo Me deixando mudo na pele de um surdo Batidas de um peito vazio sangram minha aorta Que sambam nas cinzas do meu carnaval Morrendo de amores nas dores da quarta Me deito em teu corpo, derradeiro ninho Em minha lapela, um belo espinho E as flores jogadas só dão mal-me-quer Me despeço na calma no canto da desilusão No silêncio de um samba-canção.