Tô revestido da armadura imune quem inventa fatos Fato que não ficará impune fé demais Até demais fede mais que estrume Instrumento, estrutura eficaz quando une A responsa vem no peito e quem é que assume Manipula esconde a bula anula o bem e desune Pouca ação, muita falação, muito volume Sou lavrador pescador igual Pedro olha os cardumes Se errou arrependa-se os bó assume Se o projeto é complexo então resume Se a dracma sumiu a bagunça arrume Acenda a candeia e manda embora os vagalumes Vou rimar vou orar la em cima do cume Simples como a pomba e bravo como o taz do loney toones Cola em casa que cê curte um rap em alto volume Só não me ataca saca respeite a placa não fume! Sou publicano, samaritano no ramo, mano Filmando os fariseus tucano, pelicano, mano Com muita calma ganhando almas com testemunho Enquanto eles falam, eu multiplico a força dos punhos Os pulsos abrem e doem, mas abre corações Constroem rimas que é o bloco das canções Não é sertanejo do rio negro e Solimões Mas do rio claro deixando bem claro nos sermões E os bicos falam que meu estilo mundano, mas eles são profanos Apoiando os tiranos do púlpito charlatão corrupto E depois que eu falo sou chamado de ativista estúpido O público é uma vara na mão do juiz E a verdade é tratada como meretriz Há tempo de falar e de ficar calado Sete anos calado eu suportei calado Pelos homens julgado por Deus justificado Sou um dos trezentos valentes não me acovardo O fardo foi arrancado das minhas costas Jesus ficou calado mas também teve resposta Sou publicano, samaritano no ramo, mano Filmando os fariseus tucano, pelicano, mano Com muita calma ganhando almas com testemunho Enquanto eles falam, eu multiplico a força dos punhos