Nessas manhãs chuvosas O meu peito aflora Chorando saudade Refém de um passado Acre tão presente Que a água nem sente Que caiu no chão E os olhos consentem Que a chuva manhosa Decante em meus lábios Lágrimas e orvalhos Mistura dolente Na alma da gente Faz judiação O coração rasteja O riso perde o reino Só restam sobejos Árduos relampejos De imaginação Mas quem nunca morreu de amor Nunca viveu um grande amor Nem sabe o gosto de uma paixão