Anchieta Dali

Da Cor do Chão

Anchieta Dali


DA COR DO CHÃO

Trago a sina da estrada 
a poeira na fala
a campina é a sala
a várzea é o oitão
e o sempre verde juazeiro
à sombra do terreiro
amansava o chão

Lembro das saudades boas
nos versos nas loas
que meu pai cantava
no arrastar das roucas melodias
toadas poesias 
para quem chegava

Vem meu  "passarim" canção
desmancha a escuridão
faz rebentar o dia
vem, troveja o meu sertão
na rama do feijão
na cor da melancia

Deita os "oi" no boqueirão
pra ver a mansidão 
do gado que pastava
menina mansa 
estende-se na lembrança
era a esperança
que o mundo esperava