Sou sertaneja seu moço Nem é preciso dizer Nesse meu rosto cansado Logo de cara se vê Sou sertaneja seu moço Olha aqui a minha mão É cortada e calejada De cultivar o meu chão Se não fosse a maldade Desta seca clemente Que retalha nosso chão Cortando a alma da gente É chuva que a gente espera E quase nunca ela vem Eu não saia daqui Pra ver terra de ninguém Já cansamos de pedir Providencias pro sertão Pedimos tão pouca coisa E ninguém atendeu não E só nos resta rezar Pra vê se ninguém esquece Parece que o sertanejo Se ajoelha e não faz a prece