Um abraço, um aperto de mão Somos todos iguais, somos todos irmãos Um sistema nos divide entre cores E nos mostra o progresso onde não há valores O Equador brinca de morto-vivo Se tá embaixo tá morto, se tá em cima tá rico E o futuro é só pra quem tem presente E quem não tem como a gente acredita em quem mente Eu me pergunto como isso vai mudar Será que ano que vem alguém vai nos ajudar? Eu fico olhando pro outro lado do mar Talvez do lado de cá não seja tão triste assim Um acordo entre quatro paredes Donos de continentes assinando no escuro Representam a nuvem do oriente Onde crianças e pregos movimentam o futuro Onde o preto, a cor da riqueza Pra quem tem, é petróleo Para outros, pobreza E os olhos miram o céu azul E imploram a deus, deus dos pobres do sul Eu me pergunto como isso vai mudar Será que ano que vem alguém vai nos ajudar? Eu fico olhando pro outro lado do mar Talvez do lado de cá não seja tão triste assim