Se a lágrima escorreu, fudeu Meus traumas me julgam Passado, presente, computam Essa situação vale minha paz e luta? Esse cara é real? Ou criei mais uma falcatrua? Lembranças com saudade Deixam minha alma nua Quando tento ser racional Me proteger Me perco tô na tua Insegura Fugindo das mazelas Que os outros caras plantaram Você até pode ser bom Mas colhe espinhos Isso me parece errado Cê sabe do passado Daqueles outros lados Conheço-te do avesso De todos teus prometo Dos olhos que brilharam E quando eles tavam machucados De todas que mentiu Ninguém viu Eu vi Assumo e tô aqui, do outro lado Pensando o que é que eu faço Pra juntar teus cacos com os meus E tentar montar um quadro abstrato Sempre abstrato Porque quadros pintados por poetas Nunca vai ser bem interpretado Me envolvi com a incógnita Mais bonita que já vi Com a profundidade Mais oceânica daqui Beijei os lábios da bohemia E me reconheci Queimei na fogueira, gostei Deixei me levar pelos tô bem Ignorei demônios professores Que anunciavam meu próximo fim Errei Assombrada pelos não sei Caneta alguma escreve O que os teus olhos descrevem Quando fitam meu ser Borrão nenhum se limpa Quando é nóis que pinta Me ajude a retroceder Caneta alguma escreve O que teus olhos descrevem Quando fitam meu ser Borrão nenhum se limpa Quando é nóis que pinta Me ajude a retroceder O primeiro dia Sendo o dia primeiro Tua rebeldia, encontrava poesia Na minha esquina E me pixava, grafitava Sem máscaras Tragadas da minha tinta Te intoxicou Eu juro que te amo Mas pareço errônea nos lamentos É o tanto que conheço Desse teu lindo avesso Me causa indecisão Sobre essa relação Se basear é mim, já era Minha pele tá sempre Trocando de escamas E a tua pele me parece velha (Velha) Como quando me fez mal Como quando me fez mal Caneta alguma escreve O que os teus olhos descrevem Quanto fitam meu ser Borrão nenhum se limpa Quando é nóis que pinta Me ajude a retroceder