Vô mandá fazê uma casa Pra alugá pra Maricota Na beira daquele rio Pertinho de uma barroca Esteio de pau de imbira As viga são de taboca Por ela ser bonitinha Cada passo me provoca Passarinho quando é manso Se caça inté de bodoque Por isso eu tenho a esperança Que a tar tá quase no bote Primeira vez que eu vi ela Foi na estação de São Roque Num baile dançemo junto Que eu estive feito sócio Dancei com ela uma noite Mazurca, quadría e xóte Dancei com ela uma varsa Que ela me trazia aos trote Me dando todo sinar Me tratando eu de pixote Eu fiquei morto de sede Sem podê chegá no pote O dia que eu me apreparo Que carço o meu par de bota Eu vô pará lá de fronte Da casa da Maricota Eu vejo ela me oiando Pro buraquinho da porta De repente eu digo a ela Marica, eu não sou marmota Um dia eu entro aí dentro Te dô umas par de bicota E se seu pai percebê Nóis imo morá em Brotas