Vem, amiga, visitar, a terra, o lugar, que você abandonou Inda ouço murmurar: nunca vou te deixar, por deus nosso senhor Pena, companheira, agora, que você foi embora, na vida fulorô Ouço em toda noite escura, como eu à tua procura, um grilo a cantar Lá no fundo do terreiro, um grilo violeiro, inhambado a procurar Mas já pela madrugada, ouço o canto da amada, do grilo cantador, lá-ra-ia... Geme os rebanhos na aurora Mugindo cadê a senhora Que nunca mais voltou Faz um ano em janeiro, que aqui posou um tropeiro, o cujo prometeu De na derradeira lua, trazer notícia tua, se vive ou se morreu Derna aquela madrugada, tem os olhos na estrada, e a tropa não voltou, lá-ra-iá... Ao senhor peço clemença Num canto de incelença Do amor que retirou