Pobre Matilde Cansada de viver Pobre Matilde A gente passa e não te vê E os dias são tão cheios E a alegria é quase nada Você acerta sempre em cheio Mas as cartas são marcadas E a glória é do vendedor E as flores são pro cantor Que diz nada Velha Matilde Seus olhos verdes cinza E suas memórias Levadas pela brisa De quando o sol encontrava o mar E o horizonte era sempre seu E o sol brilhava Nos varais Nas pitangas No infinito Dos quintais Nas manhãs Que eram suas Nos varais Nas pitangas No infinito Dos quintais Nas manhãs Que eram suas