Eu sou a que no mundo anda perdida Eu sou a que na vida não tem norte Sou a irmã do sonho, e desta sorte Sou a crucificada, a dolorida Sombra de névoa ténue e esvaecida E que o destino amargo, triste e forte Impele brutalmente para a morte Alma de luto sempre incompreendida Sou aquela que passa e ninguém vê Sou a que chamam triste sem o ser Sou a que chora sem saber porquê Sou talvez a visão que alguém sonhou Alguém que veio ao mundo pra me ver E que nunca na vida me encontrou