Numa praça em alto mar Entre algas e pipoca com sal Vi uma sereia morena sobre uma pedra escultural Senti minha alma bem calma Uma trouxa agasalhada Tomei o rumo da sorte A sereia me olhava calada Pulei do convés, homem ao mar Sem receio sem pressa e sem ar Olhei com forte paixão o mapa do tesouro Imaginando todas as jóias escondidas sob o ouro E sentei ao lado do sim de ouvir a serei falar Pedindo baixinho pra mim Vamos depressa vamos nadar Pulei do convés, homem ao mar Sem receio sem pressa e sem ar Na boca onde naufrago Paixão de grande calado Sinto o sal do teu corpo Vejo meu corpo levado Ah!, estes mares bravios Que tiram o juízo da gente Neles, dispenso máscara e bóia Por âncora, pedra, corrente