Entre antes E depois Entre No agora E não feche a porta A ponte às suas costas Mesmo que fragil e torta É a mesma do teu caminho à frente É sério, nunca feche a porta Não existe o tal divisor de águas E sim o encontro das águas Nada vem do nada Tudo vem do todo O hoje É o amanhã Que plantamos ontem Colha meu passado Semeie meu futuro E tenha meu presente De presente Com laço e tudo O ápice da vida O instante O estalo O tiro O parto O giro O raio Xiiiiiu Ouve as núvens O silencio é um relâmpago Que parte o céu Da boca E antecipa o trovão Do trovador em forma de voz Eis que anuncia o ciclo Um vento que faz amor com as flores E delas sugam o pólen e espalham O pozinho mágico pelos campos Para que haja mais flores E por falar em flor Depois de você Nunca mais fui eu Num piscar de olhos O que se eternizou foi um "oi" Tão eterno que ecoa aqui Tão frágil e coadjuvante Merecedor de todos os sinônimos Pra palavra vida Breve arte do encontro O antes Já foi O depois Já vai O agora Já é