Si j'en crois les livres et ce que je vois Tout s'efface, tout passe ou passera Si j'en crois les discours autour de moi J'oublierai jusqu'à ta voix Si j'en crois les ombres et ces sombres mois Nos impasses, le dégoût, les dégâts, Si j'en crois mes larmes, les froids, le froid Je me guérirai de toi L'oubli me blesse autant que la mémoire Les nuits me laissent changer notre histoire Passent et repassent les saisons, les mois Mais pas les "si", les "pourquoi" Si j'en crois nos promesses mille fois Pauvres règnes, vaines reines, faux rois Si j'en croyais même un signe de croix Guérit-on jamais de ça? L'oubli me blesse autant que la mémoire Les nuits renaissent tes mots, ton regard Mais l'oubli me blesse autant que la mémoire Les nuits me laissent éperdue dans le noir Moi j'ai tellement cru tes yeux Cru tes mains Si j'en crois ce vide en moi Je ne crois plus rien Se eu acredito que os livros é o que eu vejo Tudo desaparece, tudo passa ou passará Se eu acredito que o discurso em torno de mim Eu esqueço até mesmo a sua voz Se eu acho que as sombras e os meses escuros Os nossos impasses, nojo, dano Se eu acho que as minhas lágrimas, frio, frio Eu te sararei Esquece-lo me dói tanto a memória Noites deixe-me mudar a história Estações vêm e vão, os meses Mas não os "se", e o "porquê" Se eu acredito nas nossas promessas mil vezes Reinos Pobres, rainhas em vão, reis falso Se eu ainda pensei que um sinal da cruz Poderia curar a gente, está certo? Esquece-lo me dói tanto a memória Noites renascer suas palavras, seus olhos Mas esqueça tudo o que me dói a memória Noites deixar-me confuso no escuro Eu pensei que seus olhos E suas mãos vintage Se eu acredito em meu vazio Eu já não acredito em nada