Sigo sempre feito rio Navegante mar bravio Velejando quatro luas Faço porto em toda estrela Meu olhar segue a vertente Cordilheira, água corrente Coração segue à deriva Naufragrando verso e vida Civer cigano, morrer de amar Sonhar sem medo e velejar Pra guardar com jeito a certeza Esperanças, canções de chegar Como quem prepara o tempo Pra um dia poder desaguar Todo olhar que derramar Vai virar aluvião Punho fechado no ar Braços abertos num abraço Vem repousar seu cansaço