Leva a fogueira que traz o fogão Roça meus olhos com palhas de mel Faz um carinho querendo ganhar Conta estórias de um outro lugar Reza pro padre fazer seu sermão Olha de lado torcendo o olhar Força um pedido pra moça cantar Canta baixinho a linguagem dos pães Briga com a mãe o tempero de lá Cuida do cão como deve sonhar Dança nos pés, dança do coração Foge de vez para não se entregar Cuida dos filhos, sua doce ilusão Chora no peito a revolta de errar Leva na lenha a força e a paz Horta, hortaliça, desejo de amar Preza o cuidado com a tradição Junta a família na casa do pai Faz um discurso querendo calar Segura o corpo, segura o falar Pede silêncio com a força do mar Veste a bermuda querendo tirar Faz de palhaço a criança que tem Busca na dor a resposta de alguém Luta com as mãos contra o leite da mãe Cria nas linhas as horas que tem Faz a leitura do tempo que está Pede pro santo, pra alma e pro bem Vive a mulher da mulher que amou Vive o sonho que nunca sonhou Vive a lembrança que sempre buscou Vive a ternura do azul do pardal