Noite clara, céu azul No horizonte a cruz do sul Vê a toca, tá vazia É hora da feira Leva a cartucheira que chumbo tem Prepara a zagaia que o dia envém O laço de arraia leva também Lá na capoeira tem mais de cem Pixuna na moita de gravatá Pintada no alto do jatobá Onça braba, marruá Mia grosso até raiar Lambe a pata, mostra o dente Devora a presa Tocaia a tigresa que hoje tem Tem festa na roça que a bicha envém Na testa é que é bom Na boca também A pele ilesa dá mais de cem Couro de pinima é bom pra esquentar Couro de onça preta só dá azar Olha a morte espreitando na curva Olha o raio Olha o dia que não vai chegar Canguçu, sussuarana, jaguaretê Malha larga, lombo preto, olho de dendê Encurva o rabo Mede o bote Mira no cangote pra se defender