Recebo noticias da fome Recebo noticias de guerra Abaixo a cabeça e prossigo Rejeitando as tolices da terra Seguido conflitos insanos. Alimentando mentiras sagradas Observo a raça humana marchando. Nesse jogo de cartas marcadas Vivendo rotinas delirantes De amores perdidos roubados Vejo livros enfeitando a estante E um cigarro queimando ao meu lado Um dedo no gatilho outra vez Um cano tremendo na testa Uma garrafa de vinho francês ou Outra coisa que para mim não presta Nas incertezas dobrei o joelho Minhas lágrimas lavavam teus átrios Em suas pernas encontrei a pureza Humanizado por seus lábios