Talvez por muito amar a liberdade Invejo a vida livre dos pardais Mas prende-me em teus braços sem piedade E eu juro da prisão não sair mais Não posso ouvir o fado sem vibrar E não domino em mim A febre de o cantar Mas dá-me um beijo teu, fremente Verás que fico assim Calada eternamente Adoro a luz do Sol que me alumia Por grata e singular mercê de Deus Mas fecha-me num quarto noite e dia E eu troco a luz do Sol pelos olhos teus Não posso ouvir o fado sem vibrar E não domino em mim A febre de o cantar Mas dá-me um beijo teu, fremente Verás que fico assim Calada eternamente Baixinho aqui pra nós, muito em segredo Eu sempre fui medrosa até mais não Mas pra que sejas meu não tenho medo Nem mesmo de perder a salvação Não posso ouvir o fado sem vibrar E não domino em mim A febre de o cantar Mas dá-me um beijo teu, fremente Verás que fico assim Calada eternamente Mas dá-me um beijo teu, fremente Verás que fico assim Calada eternamente