Meu amor, não me perguntes o motivo Da paixão que me tortura A verdadeira paixão não tem razão Nem se procura É desgosto ou felicidade que chega Em qualquer altura. Por que gostei de ti? não sei! Pois nada fiz p'ra que te queira Se o amor me perdeu Que culpa tenho eu De querer-te, desta maneira? O amor não anda às ordens de ninguém Aparece de surpresa. Só sei que assim que te vi Olhei para ti e fiquei presa Neste mundo ninguém sabe Do amor a natureza! Ninguém sabe onde mora a sorte Nem se adivinha o mau castigo E o amor, quando vem Não sabemos também A sorte que traz consigo. E o amor, quando vem Não sabemos também A sorte que traz consigo.