Não há ninguém que destrua Este amor que nos abrasa Cada um gosta da rua Onde tem a sua casa Quem na minha alfama passa Vê-a toda embandeirada Porque o são João da praça Porque o são João da praça Assentou praça na armada No alto mar, fomos nós sempre os primeiros Com alfama a palpitar em fardas de marinheiros Porque, afinal, foi destas pobres vielas Que saiu o Portugal que embarcou nas caravelas Quem quiser, veja em espelhos Quem não pede é porque é mudo Vá à rua dos remédios Que há remédio para tudo Meu amor, amor sem fé Deixou-me por coisa pouca Mora nas cruzes da sé E eu faço cruzes na boca No alto mar, fomos nós sempre os primeiros Com alfama a palpitar em fardas de marinheiros Porque, afinal, foi destas pobres vielas Que saiu o Portugal que embarcou nas caravelas