Naquele amor derradeiro Maldito e abençoado Pago a sangue e a dinheiro Já não é amor, é fado Quando o ciúme é tão forte Que ao próprio bem desejado Só tem ódio ou dá à morte Já não é ciúme, é fado Canto da nossa tristeza Choro da nossa alegria Praga que é quase uma reza Loucura que é poesia Um sentimento que passa A ser eterno cuidado E razão duma desgraça E assim tem de ser, é fado! Um remorso de quem sente Que se voltasse ao passado Ficaria novamente Já não é remorso, é fado! E esta saudade de agora Não de algo bem acabado Mas as saudades de outrora Já não é saudade, é fado! Canto da nossa tristeza Choro da nossa alegria Praga que é quase uma reza Loucura que é poesia Um sentimento que passa A ser eterno cuidado E razão duma desgraça E assim tem de ser, é fado! Um sentimento que passa A ser eterno cuidado E razão duma desgraça E assim tem de ser, é fado!