Lá porque ando embaixo agora Não me neguem vossa estima Que os alcatruzes da nora, quando chora Não andam sempre por cima Rir da gente ninguém pode Se o azar nos amofina Pois se Deus não nos acode Não há roda que mais rode Do que a roda da má sina Sabe-se lá, quando a sorte é boa ou má Sabe-se lá, amanhã o que virá Breve desfaz-se uma vida honrada e boa Ninguém sabe, quando nasce, p'ró que nasce uma pessoa O preciso é ser-se forte Ser-se forte e não ter medo Eis porque às vezes a sorte, como a morte Chega sempre, tarde ou cedo Ninguém foge ao seu destino Nem para o que está guardado Pois, por um condão divino Há quem nasça pequenino Pr'a cumprir um grande fado