Meu amor, meu amor Meu corpo em movimento Minha voz à procura Do seu próprio lamento Meu limão de amargura, meu punhal a crescer Nós paramos o tempo, não sabemos morrer E nascemos, nascemos Do nosso entristecer Meu amor, meu amor Meu nó e sofrimento Minha mó de ternura Minha nau de tormento Este mar não tem cura, este céu não tem ar Nós paramos o vento, não sabemos nadar E morremos, morremos Devagar, devagar